RENDA FIXA E RENDA VARIÁVEL, QUAL A DIFERENÇA?
- Valdenir Santos
- 16 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Para o investidor que estar embarcando na primeira viagem, a primeira dúvida que aparece é: onde investir, na Renda Fixa ou na Renda Variável? Essa pergunta pode deixar muitas pessoas sem saber por onde começar. É claro que existem muitas opções de investimentos, com riscos variados, rentabilidade e prazos diferentes, porém o primeiro a ser feito é entender a real diferença entre os ativos de Renda Fixa e de Renda Variável, para daí então escolher aqueles produtos que estejam mais alinhados com os objetivos e perfil do investidor.

Renda Fixa
Renda Fixa é uma modalidade de investimento em que a remuneração ou a forma de cálculo do retorno são conhecidas no momento da aplicação, sendo assim mais previsível com os ganhos. Geralmente, os investimentos de Renda Fixa oferecem uma taxa de juros pré-determinada ou são indexados a algum indicador, como a taxa básica de juros (SELIC) ou o IPCA. Esses investimentos incluem títulos públicos e títulos privados. Eles são considerados mais conservadores em comparação com investimentos de renda variável, pois oferecem menor risco, mas também costumam proporcionar retornos mais baixos.
Os ativos que estão incluídos no grupo da Renda Fixa são:
Títulos Públicos - Emitidos pelo governo, como os títulos do Tesouro Direto, que podem ser Tesouro Selic, Tesouro IPCA, Tesouro Prefixado, entre outros.
Emissões bancárias – Títulos privados emitidos por instituições financeiras ou empresas. Alguns exemplos são Certificados de Depósito Bancário (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Letras Financeiras (LF) e Letras de Câmbio (LC) que são títulos emitidos por instituições financeiras, com rentabilidade vinculada à variação cambial.
Créditos privados – É caso das Debêntures que são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por empresas, geralmente com prazo de vencimento superior a dois anos. É o caso também dos CRAs que se referem aos títulos emitidos por securitizadoras, que transformam dívidas de produtores, cooperativas ou empresas ligadas ao agronegócio, em créditos a receber, os recebíveis, para financiar suas atividades, e dos CRIs que são emitidos utilizando o mesmo mecanismo efetuado pelo CRA, porém, com o objetivo de financiar suas atividades voltadas para o ramo imobiliário.
Fundos de Renda Fixa - Fundos de investimento que aplicam em diversos ativos de renda fixa, como os citados acima, oferecendo uma carteira diversificada de investimentos.
Esses são alguns dos principais ativos que compõem a classe da Renda Fixa, oferecendo diferentes características de rentabilidade, prazos e níveis de risco.
Quando um investidor compra um título publico ou privado, está emprestando dinheiro ao emissor do papel, que pode ser o Governo Federal, um banco, ou uma empresa. Em troca, ele recebe uma remuneração após um determinado prazo com juros e/ou correção monetária.
Renda Variável
Renda variável refere-se a investimentos financeiros cujo retorno não é fixo e pode variar ao longo do tempo. Em outras palavras, o rendimento desses investimentos não é previsível e está sujeito a oscilações do mercado. Exemplos comuns de investimentos em renda variável incluem ações, fundos de investimento em ações, commodities, contratos futuros, opções, derivativos, ETFs e até criptomoedas. Os investidores assumem um maior nível de risco ao investir em renda variável, mas também têm a oportunidade de obter retornos mais altos em comparação com investimentos de renda fixa.
Portanto, o rendimento proveniente dos ativos da Renda Variável pode ser maior do que o esperado, superando suas expectativas. Mas também pode ser muito inferir ao planejado, podendo até frustrar o investidor. É importante destacar que nesse tipo de investimento, nunca se saberá com antecedência o quanto o patrimônio financeiro aplicado irá render. Os ativos desse grupo são extremamente voláteis. Eles são muito sensíveis a influências de fatos políticos, dados e acontecimentos econômicos e questões monetárias, ou seja, eles sofrem interferências de diversos fatores que alteram diretamente a rentabilidade.
Porque a Renda Variável é tão atraente para muitos investidores? A resposta está na possibilidade de alta rentabilidade em um curto período. Além disso, o investidor pode ganhar com recebimento de proventos. Em diferentes ativos há duas maneiras de ganhos: com a valorização do ativo em si e com o pagamento de proventos, que podem ser através dos dividendos, dos juros sobre o capital próprio, das bonificações, entre outros.

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