VAI INVESTIR? DESCUBRA ANTES O SEU PERFIL DE INVESTIDOR
- Valdenir Santos
- 15 de fev. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de mai. de 2024
O perfil do investidor é o conjunto de características comportamentais relacionadas à personalidade financeira que define a sua aptidão ao risco financeiro nos investimentos. Ele é identificado através de uma análise simples, que vai classificar se o investidor é conservador, moderado ou agressivo. Ao identifica-lo, é possível evitar que se façam operações desalinhadas com o tipo de perfil, o que poderia levar ao arrependimento delas depois provocando perdas de dinheiro.
Os bancos e corretoras têm um mecanismo importante de compliance que determina que o perfil de investidor precisa ser respeitado, logicamente, se quiser que os investimentos tenham boa performance. Ele é identificado após o investidor responder um questionário contendo perguntas específicas. O objetivo é indicar ativos para a composição de uma carteira de investimentos que esteja alinhada com o perfil.

O tipo de perfil e as características de cada um
Há três tipos de perfil de investidor e, de modo geral, cada um deles é definido de acordo com a sua tolerância a riscos, liquidez e rentabilidades. Cada pessoa é avaliada pela sua situação financeira, idade, conhecimento de mercado e objetivos.
Conservador
Este é o tipo de investidor que prioriza a segurança do seu capital acima das possibilidades de ganho, apesar de ser o mais assertivo nos retornos, não é o mais lucrativo, pois se opta por investimentos de baixa oscilação e risco, em troca de proteção e liquidez e, consequentemente menor rentabilidade. Além disso, é o perfil mais adotado no início da carreira do investidor.
A disponibilidade é outro fator a ser considerado. Quem tem este perfil geralmente dão prioridade a investimentos com liquidez diária ou com prazos de vencimentos mais curtos.
O investidor conservador conhece a rentabilidade dos ativos da sua carteira no momento que o adquiriu. Ele sabe quanto cada um vai render até o vencimento. Enquanto os ativos estão rendendo dentro das expectativas, o investidor não perde noites de sono.
Uma prática muito comum desse perfil é o hábito de investir na poupança, mesmo sabendo que o retorno é baixíssimo, exatamente pela segurança desse ativo, protegido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), é também o mais popular. Muitos não sabem que existem vários outros ativos também assegurados pelo FGC que rende muito mais do que a poupança, como CDBs, LCIs, LCAs, LCs, LHs, entre outros.
Moderado
Este é o tipo que é considerado o meio termo entre o conservador é o agressivo. É aquela pessoa que busca a segurança, porém tem um pouco mais de apetite ao risco, adquirindo ativos com mais volatilidades em busca de retorno mais altos.
A carteira de um investidor moderado é um misto de Renda Fixa e de Renda Variável, porém a maior parte é constituída por ativos de segurança, alta liquidez e retorno baixo. Uma parte menor é composta por ativos de maior risco e maior retorno. É importante destacar também que os ativos componentes da Renda Fixa desta carteira são bem variados no que se refere ao prazo de vencimento.
Agressivo
Este perfil de investidor tem mais aptidão para o risco. Ele concentra seus esforços para fazer a maior quantidade de dinheiro possível. Ele entende que as percas de curto prazo são momentâneas, mas necessárias para aproveitar retornos mais altos no longo prazo.
Mesmo sendo agressivo, é muito recomendado que o investidor tenha uma reserva de emergência para situações do dia-a-dia que necessitem de recursos financeiros no curto prazo. Essa parte da carteira é mais conservadora para garantir o resgate rápido em pelo menos dois dias, sem prejuízo de rentabilidade.
Este tipo de perfil possui conhecimento de mercado e tem mais preparo técnico e emocional para acompanhar a variação do mercado. Nesse sentido, a maior parcela da carteira pode ser composta por ativos de Renda Variável.
Nesse sentido, compreende-se que conhecer o perfil do investidor antes de investir é fundamental, pois ele vai servir como um balizador nas orientações da escolha dos ativos de investimento, que atendam aos objetivos e que sejam compatíveis com a tolerância ao risco do investidor.

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